sexta-feira, fevereiro 15, 2013

obvio’scuro




Sentai em minha Biga
Falai de meus texticulos
E esquecei Homero homem e descendente

Quede a estrela meiga cadente
nua: artigo de deusa
haplologia sofregada
de outrora, c’outro brilho,
outro regalo?

Sentai sobre os pré-conceituoso
               apótegmos!
Tchá na mão, quede Lêda?
Jaz pilado?
Falai baixo:
acho que alto demais chegamos!
Estancamos nervos,
líquidos versos
e o universo
tornou-se
obscuro! 


sexta-feira, fevereiro 08, 2013

contemplação





Como se fosse sombra, amparo a luz;
grito quando o silencio chia
amo, e  o amor é miúra.


Como se fosse fé aceito a cruz,
tento me esconder na poesia
e gosto das manchas da lua...



sobre o poema







Eis que um poema nada vale,
mas vai além de qualquer vale
e leva o valor de um vento
ou de uma tempestade! 


segunda-feira, fevereiro 04, 2013

minh’alma (?) não cabe no corpo






Minh’alma é o meu mundo,
é o teu mundo,
quantos mundos adivinhar.
Cato conchas coloridas,
o sol se esconde no mar
calando minhas mãos,
mas ai de alma desistir!
Faço um colar de lendas
a espera que compreendas,
que te guardo num pedaço de papel
e te escuto, sem querer, ao olhá-lo
                                               e choro!
Molho teu colar de lembranças,
o meu corpo te espera, calado
para desfalecer de amor.
A carta desfeita pelo olhar
conserva a voz da palavra.
Eu luto,
eu grito teu nome,
eu quero teu gesto calado,
o olhar de um talvez possível;
a mão, leve, sobre a sombra
que é o meu corpo perto do teu corpo:
conchas moldadas no seio do amanhã!
Teu beijo é eterno
como a espuma sobre a areia,
como o vento que move as dunas
do meu tácito deserto.
Encosta teu peito feroz e cansado
sobre os meus seios,
demora em mim tuas poucas palavras.
Há um pedaço de vida em cada suspiro,
Há uma canção imortal nos teus
                                            movimentos.
Deixo-te exigir ao passo que serves:
o que há de melhor no corpo
é a sua capa protetora,
é a sua eterna sonhadora pele!



b. monvinne