terça-feira, abril 03, 2007

Quando não há tempo

Quando não há tempo, não há. Acabou-se, acabou-se. Muitos suicidas conheceram essa verdade entre uma escolha, que antes de ser escolha, era inevitavelmente uma verdade.
A única verdade verdadeiramente verdadeira: corpo, até quando?
Por isso, às vezes, canso de mim, quando não tenho (ou mesmo finjo) tempo para dois olhos, algumas palavras, um abraço. "E aê? Coméquitá? Tô nacorreria danada!" Eu prefiro não falar, é que há tanto para fazer que eu não estou afim não.
Quero ler O Grande Mentecapto e imaginar Sabino reduzindo isso aí, isso mesmo, chamado tempo. E se mede sem medida.
Eu só queria conversar um pouco, dizer que gosto do seu jeito de respirar, tão tranquila - mas eu sei, você está sem tempo.